Não era de se duvidar que o jogo tivesse um início com bastante catimba, já que o time do Bahia é o que mais cometeu faltas do Brasileirão até o presente momento, é um time que opta por não deixar o adversário jogar fazendo faltas, e o Galo, jogando no Horto sem Jô e Tardelli, teria de se desdobrar para entrosar o quarteto que entrou em campo ali mesmo, na hora do jogo, e não foi difícil, a primeira boa jogada do Galo e do jogo veio antes dos 10 minutos de jogo, justamente dos pés do estreante Dátolo, recém contratado e mais um para entrar na lista do ex-renegados, assim esperamos, a jogada terminou com Luan, o biruta atleticano, tentando aplicar um bicicleta da meia-lua, era o que ele poderia tentar fazer e tentou, não deu certo infelizmente, mas tentou o certo. Já após os 10 minutos de jogo o Galo deixava claro que a apatia que reinou no time nos últimos jogos não teria vez nesse princípio de noite de quarta-feira, o Galo estava fazendo com propriedade duas coisas que estava devendo desde o término da Libertadores, sufocar o adversário com marcação sobre pressão, no seu campo de ataque, e tocando a bola com maestria, sempre deixando a pepita correr suave pelo gramado, e os maiores responsáveis por isso foi com certeza a dupla Ronaldinho e Dátolo, que inspirados e parecendo que jogavam juntos já a muito tempo, trocavam passes com uma facilidade impressionantes, era um tal de Dátolo servir Ronaldinho com passe de calcanhar e Ronaldinho retribuir a mesma gentileza à Dátolo que deixou o atleticano empolgado. Com a pressão atleticana se tornando a cada minuto mais sufocante, restou ao Bahia recuar seu time para o campo de defesa e se tornando mais um adversário do Galo a jogar com todos os seus atletas a maior parte do tempo com todos atrás da linha da bola, mas o Galo estava com dois meio-campistas em noite empolgada, Luan que corria o campo todo se movimentando muito bem e trazendo trabalho para a defesa bahiana que tinha que o acompanhar e acabava assim abrindo espaços para a dupla de meio-campistas trabalhar, diga-se sobre Luan que fez no ataque e também na defesa o que Marcos Rocha não fez, além de ajudar mais no ataque, o que óbvio é sua função, conseguiu mais desarmes que Rocha novamente, será mesmo que já não é hora de Cuca repensar a titularidade da lateral-direita, ao menos por uns três jogos? Alecsandro, que dessa vez pode contar com um time tocando mais a bola conseguiu também render mais, se movimentou e levava com eles zagueiros e volantes, disputava bolas e ganhava, mereceu aplausos dessa vez. E numa cobrança de escanteio o Bruxo alça a bola na área certeira e fácil para Leonardo Silva subir e disputar, cabeceia no chão e deixa o goleiro Marcelo Lomba sem condições de defender, o Galo abria o placar aos 18 minutos do primeiro tempo. Com isso o Bahia saiu mais para o jogo, e era exatamente isso que o time do Galo queria e precisava, mantendo um trio de atacantes no campo atleticano o Galo jogava mais, dominava mais, Dátolo fazia sua festa particular, e sobrou até para Luan que recuperou a bola no meio campo, carregou até a área bahiana e carimbou a meta, porém a bola passou rente a trave de Lomba.
Com o placar favorável e o time jogando muito bem, o Galo volta para o segundo tempo sem alterações, já o Bahia faz duas de uma só vez, o Galo segue dominando, apesar de a primeira chance ter sido do Bahia, aos seis, com o Bahia pressionando acaba encontrando uma chance de converter porém o jogador estava impedido e o assistente marca a infração, o Galo volta a dominar o jogo e ocupar todos os espaços, é aí que Ronaldinho se posiciona para apoiar Júnior César na ponta-esquerda, passa a bola e o lateral-esquerdo tenta uma finta mas o defensor corta, a bola volta para Ronaldinho que passa novamente e dessa vez Júnior César finta o marcador fazendo a bola passar por debaixo de suas pernas, conduz a bola até a linha de fundo e olha antes de cruzar para ver Alecsandro entrando que recebe a bola e marca, um belo lance que resulta em gol e o Galo amplia a vantagem. Por volta dos 15 minutos o Galo tem uma cobrança de falta próximo a área do Bahia, Ronaldinho cobra e a bola passa muito perto da meta bahiana, levando trabalho para Lomba, a pressão continua e o Bahia não consegue jogar, o Galo em cobrança de escanteio quase marca novamente pelos pés de Ronaldinho que tenta marcar um gol olímpico, e logo após isso outra alteração seria feita e quem entraria é um velho conhecido da Massa Atleticana, Obina entraria para o tudo ou nada dos bahianos que com um time muito ofensivo deixa nítido que só interessava marcar gols, mas o meio-campo do Galo estava bem postado e a zaga não deixava nada passar, Pierre e Josué foram precisos na marcação fazendo o simples, com Josué recebendo menos passes que em outro jogos e tendo que fazer menos o serviço de espalhar o jogo, até pelo fato de não ser sua característica esse tipo de função, por isso que o Galo estaria melhor postado sem Donizete se Rosinei estivesse atuando junto a Pierre. Com Rocha amarelado, jogando mal e fazendo faltas bobas, Cuca preferiu por o sacar do time e colocar Rafael Marques, outro bom zagueiro atleticano que entrou no jogo e não comprometeu em nada, mesmo com o Bahia sendo ousado e rumando sempre ao ataque. Com a boa estreia de Dátolo, Cuca acaba optando por o sacar e fazer com que ele recebesse os aplausos da Massa, e para sua saída entrou Berola, que completou assim o limite de jogos e não pode mais jogar em outra equipe da Série A, o que acaba com a possibilidade de sua ida para o Coritiba, transação que o Atlético pretendia realizar em troca do zagueiro Emmerson da equipe paranaense, o jogo já estava próximo do fim e ambas as equipes não queriam muito com o jogo, Berola tem uma tentativa que não resulta em muito, o jogo acaba com uma vitória importante, com o time jogando bem e marcando uma boa estreia de Dátolo, é torcer para que continue atuando desse nível para melhor.
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