Depois de jogar no domingo a final do Campeonato Mineiro 2013 e sagrar-se campeão, o Galo tinha outro compromisso muito importante, que era atuar na quinta-feira contra o Tijuana, no México, tudo seria muito bonito se não fosse primeiro, uma viagem que dura 20 horas, e se não fosse também um piso sintético de qualidade duvidosa que seria o tapete sobre qual os jogadores do Galo teriam que estranhamente atuar, muitos inimigos, mas quem quer ser campeão deve vencer todos os obstáculos. O Galo não começou bem no jogo, e apesar de muitos comentaristas dizerem que o piso sintético não poderia servir como desculpa no caso de uma derrota, tudo que foi visto durante o jogo é que sim, o piso de baixa qualidade usado no estádio Caliente, casa do Tijuana, atrapalha demais, pois enquanto os jogadores do time mexicano deitavam e rolavam com a bola, os jogadores do Galo, não acostumados com o tipo de campo, não conseguiam ter sua normal eficiência na hora de conduzir a bola, dar passes e nem mesmo na hora do domínio, o que se viu foi Réver, Tardelli, Ronaldinho, Jô, Donizete, Marcos Rocha, enfim, todos tendo um trabalho além do normal para realizar as ações básicas do futebol, e com isso o Galo sofreu com o constante e melhor domínio do time mandante, e não fosse a grande qualidade do time do Galo, a coisa poderia ter sido bem pior. Consciente do tempo e das reações da bola, o time mexicano trabalhava o passe de bola constantemente e levava muito perigo à meta atleticana, o Galo aos trancos e barrancos conseguia responder a altura, tanto que durante o primeiro tempo, no qual o time da casa foi melhor, o Galo obrigou ao goleiro adversário a realizar 3 excelentes intervenções que poderiam ter resultado em gols atleticanos, e Tardelli que havia entrado com chuteiras, se viu obrigado a mudar, e nessa brincadeira o Galo, com 10 em campo, quase sofreu um gol, porém não iria demorar muito tempo mais para que num lance de boa troca de passes o time do Tijuana encontrasse o caminho certo e abrisse o placar com Riascos, a pressão era grande e mesmo depois desse gol o Tijuana não parou, atacava, e o Galo do jeito que podia respondia, levava perigo também, porem com menos frequência e mais dificuldades.
Na volta para o segundo tempo, o Galo não começou bem, Bernard, que havia sentido uma lesão por volta dos 30 do primeiro tempo saiu para a entrada de Luan, mesmo assim o Galo havia criado uma boa chance que levou a mais uma intervenção do goleiro mexicano, mas aos 7 minutos da etapa complementar, em um erro de posicionamento da defesa atleticano o jogador do Tijuana domina a bola livre, arruma e chuta, Victor faz grande defesa com mão trocada, e Marcos Rocha que não acreditou no lance e não acompanhou o atacante Martínez, viu o mesmo pegar a sobra e guardar e ampliar a vantagem tranquilamente. Mas aí que a coisa começa a mudar de figura, com o segundo gol o time do Galo acordou para o jogo e começou a prender mais a bola, trocar passes, e o principal, ser mais eficiente, alugou o campo de ataque e em diversos momento mantinha 5 jogadores no campo de ataque, o Galo inverteu o jogo, mantinha mais tempo a posse da bola e levava mais perigo, apesar das dificuldades que o piso sintético impunham ao time atleticano, faltava porém o capricho para aquele momento derradeiro próximo a área, e quando aparecia a oportunidade o goleiro fazia grande defesa. Com a pressão, o gol parecia ser questão de minutos, o Galo conseguia vários escanteios, faltas próximas a área do time adversário, mas infelizmente, com a conivência do árbitro, mesmo com a marca de spray marcando o local da barreira, os mexicanos se adiantavam demais, e tudo ficava numa boa, nesse meio tempo, Jô, que foi um dos que começaram a demonstrar os resquícios de reação sofre pênalti que o árbitro colombiano não marca, normal para ele contra times brasileiros, mas em outra cobrança de escanteio, Ronaldinho cobra e a bola desvia no defensor xolo, e ele, que já era o principal nome do time alvinegro no segundo tempo, estaria ali, na segunda trave para completar e de forma chorada, abrir o placar para o Galo e diminuir a vantagem, Tardelli de lambuja, fez cair a marca do time mexicano de não ter sofrido gols em casa por essa Libertadores. Tardelli não passou a correr menos por causa desse gol, e junto com ele, Luan não dava mole para o time do México, era para tomar a bola e não perder a viagem, e quando pegava na bola, chamava a atenção por criar boas oportunidades para o time atleticano, complicando a vida da defesa mexicana. E para testar o coração atleticano, como é normal, Gilberto Silva rouba a bola próxima a área atleticana, sai tranquilo para o jogo, toca para Alecsandro que entrar no lugar de Jô, que passa para Tardelli, Tardelli volta para Alecsandro, Ronaldinho no meio-campo recebe e faz um pouco da sua mágica, chama a marcação e deixa Tardelli livre, que quando vê a "sobra" mexicana se aproximar parte para cima em velocidade, com a defesa desarmada eles só podem acompanhar, Tardelli passa para Luan que tromba com o defensor e enquanto Tardelli já ia abrindo para a sobra, Luan colocava a bola entre as pernas do goleiro e o Galo empatava o jogo aos 45 do segundo tempo, um jogada sensacional, o ponteiro atleticano comemora e chora, e o Galo vai ensinar ao Tijuana como se joga bola de verdade em gramado de verdade, no Horto, sentiu o drama?
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