O Galo começou a partida já sabendo que deveria vencer para não ficar em grande distância da primeira colocação, mas não começou o jogo concentrado o suficiente para alcançar esse objetivo. O time, visivelmente nervoso, caía nas provocações feitas pelos jogadores palmeirenses, alguns princípios de tumulto aconteceram, mas foram controlados e nada de pior foi visto. Desorganizado no início, o Galo jogava praticamente "rachando" a bola com o adversário e isolando a bola do campo de defesa para o campo de ataque, sem a adequada saída de bola, o Galo via a bola cair nos pés do adversário e esse criar algumas oportunidades perigosas, todas sempre pela esquerda, nas costas de Marcos Rocha, foram no total de cinco as oportunidades e perigos contra o Galo no mesmo setor, duas delas exigiram grande trabalho dos defensores atleticanos. No ataque, o Galo não conseguia dar um sentido para seu jogo, Guilherme, um tanto perdido, errando passes e entregando bolas fáceis para o adversário, certo que em alguns momentos também conseguiu êxitos, tanto na criação quanto no desarme, ajudando a defesa ou recuperando bolas no ataque, mas os erros que cometeu foram alguns até grotescos, perdeu boas chances de gol, no mínimo duas. Já Bernard, passou o primeiro tempo sumido, e não por falta de presença pois ele teve posse de bola, mas por estar muito preciso a Ronaldinho, ele pega a bola e não mais parte para cima dos defensores, não tenta jogadas individuais, tenta logo buscar Ronaldinho e se não o achar tenta o cruzamento para a área, porém nossos atacantes são baixos, jogada que não resultará em muita coisa essa, o jogo dele deve ser o de cruzamento rasteiro e média altura, o drible dentro da área partindo direção ao gol, e se não houver possibilidades, aí sim buscar o passe. O que se viu no primeiro tempo todo em sua maioria foi muita bola sendo isolada, Ronaldinho excelando-se fazendo suas peripécia, o árbitro a tolher Felipão, algumas discussões mais ásperas e um futebol totalmente barafunda.
Na volta para o segundo tempo, Cuca resolveu fazer alterações e cometeu nesse jogo, o mesmo erro que cometeu contra a Ponte Preta, retirou um volante e colocou um atacante, já na volta do segundo tempo, com o Galo jogando em casa, o jogo empatado, e o Galo com todas as condições de virar o jogo, partiu para o desespero. Entrara então Escudero e saíra Donizete, e também Leonardo com a saída de Danilinho. O time ficou mais exposto e as investidas do Palmeiras se tornaram mais frequentes, e a única e boa coisa que o Galo ganhou com essas alterações foi que a bola passou a ficar mais tempo no chão e aumentou o número de troca de passes, que é o futebol a ser praticado. O Galo não demorou e achou um gol em cobrança de escanteio feita na medida por Ronaldinho, que encontrando a cabeça de Leo Silva, guardou em um belo gol, a defesa, que era o setor que mais se destacava no time, passou a ser o total protagonista, com esse gol. Mas o Palmeiras não desistiu, e o Galo com um volante, via o Palmeiras entrar pela intermediária e agredir, a defesa do Galo fazia sua parte, e o fazia com primazia, Victor salvou o Atlético em pelo menos 3 oportunidades claras, fazendo grandes defesas, e essas defesas, junto a atuação dos demais defensores, foram de suma importância, Victor, apesar de ver Bernard marcar duas vezes, foi o nome do jogo. A metade do segundo tempo, Cuca recupera o meio-campo com a presença de Serginho para a saída de Guilherme. E assim o jogo no meio-campo passou a ser mais truncado e pegado, as chances do Palmeiras diminuiram e o trabalho de bola deles se tornou mais difícil, restou as laterais, mas Marcos Rocha acertou seu posicionamento no segundo tempo, e Júnior César, complicado, o cara fez uma excelente partida, não dava espaços, chances, opções, protagonizou lance lamentável onde ganhou à frente do último defensor palmeirense e indo direção ao gol, que marcou falta e recebeu somente o amarelo, quando a regra manda aplicar o vermelho. E para acabar com as tensões, Leonardo ganha a bola no meio-campo, e sabendo que Bernard cortava a defesa palmeirense, faz passe certeiro entre os defensores, Bernard dessa vez faz o certo, olha ao goleiro, e chuta no contra-pé dele, vantagem ampliada em outro belo gol, não satisfeito, Victor busca lançar a bola ao ataque, Bernard atento à tática do defensor de deixar a bola quicar, pois ele já havia o feito antes, ganha na velocidade, aplica uma gaúcha no goleiro e marca um golaço, e a dupla Victor e Bernard garantem a vitória aos 47 da segunda etapa, Ronaldinho se sobressai mais uma vez, e o Galo fica na melhor nesse jogo tenso.
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