O jogo não poderia ser diferente, começou muito tenso, o clima era muito pesado e a
expectativa era muito grande, o Galo deveria vencer por no mínimo dois gols de diferença, e isso deveria ser feito contra um time que ficou conhecido pela sua postura defensiva, em oito jogos fora de seus domínios, foram 8 gols sofridos, e para dificultar as coisas, imaginava-se que o Olímpia iria montar um esquema defensivo muito forte, intenso, para evitar sofrer dois gols e sair do Mineirão com o título, o Galo não tinha intenção alguma de deixar isso acontecer, ficou nítido a vontade dos jogadores, o Galo mantinha uma grande posse de bola graças a retranca do adversário, o que permitia que o Galo mantivesse sua linha defensiva muito avançada, com um esquema totalmente voltado ao ataque, pressão, mas não se poderia distrair com os contra-ataques, arma que o Olímpia usou durante toda sua campanha para derrotar seu adversários, fossem eles mais fracos ou mais fortes, e em alguns momentos o Galo quase se deixou levar por esse erro algumas vezes, a tensão passou a dominar o jogo ainda mais a partir da metade da etapa inicial, a ansiedade fazia com que o time começasse a fazer muitos lançamentos que dificilmente trariam bons resultados ao Galo, ligando com lançamentos em profundidade da defesa ao ataque, o Olímpia jogava com três jogadores dentro da área, e mais um na sobra na meia-lua, o que dificultava o trabalho do time atleticano, além disso eles mantinha uma linha com quatro jogadores na intermediária, a solução para o Galo era trabalhar o passe de bola, cozinhar o jogo, envolver os defensores, sem isso não iria conseguir nada. O jogo passou a ficar truncado e quase não se via os goleiros trabalhando, as poucas chances que ocorreram durante todo o primeiro tempo não levaram muito perigo para os goleiros, talvez, a chance mais clara foi inclusive do Olímpia, em um lance de contra-ataque, o Galo ia deixando o nervosismo tomar conta e começa a errar passes, não ter a mesma precisão em jogadas de lançamento, deixava mais espaços para o Olímpia jogar e aumentava as chances de um contra-ataque ser fatal, em alguns momentos o Galo chegou a ter apenas um jogador na defesa, em algumas oportunidades, ainda no primeiro tempo, apenas os dois zagueiros, lentos, estavam lá, contra um time que tem na velocidade uma arma, poderia ter sido fatal, mas não foi, o Galo soube trabalhar o peso e a medida para não cair, e o primeiro tempo é encerrado com o jogo em 0 a 0, para a aflição da leal Massa atleticana.
Na volta para o segundo tempo, o Galo já entra com uma alteração que iria redefinir o futebol do Galo, Cuca tira Pierre e coloca Rosinei, o cão de guarda atleticano dá lugar a Rosinei, reserva de luxo, que mostra que tem condição de ser títular no Galo e em qualquer outra equipe do Brasil, e não demorou para que sua presença em campo trouxesse o resultado esperado, toque de bola, movimentação, e foi assim que não demorou sequer 3 minutos para que o Galo abrisse o placar num lance que teria a participação dele com um cruzamento à la Ronaldinho, olhando para o outro lado, a bola "masca" na área e Jô não perde dessa vez a chance de guardar, o Galo abria o placar e o técnico paraguaio levava a mão ao rosto, descobriria ele ali que a noite não seria das melhores, o Galo voltou para ser só pressão, novamente Rosinei que rouba a bola, conduz e rapidamente passa para Bernard que encontra Tardelli em excelente posição e finaliza para a defesa do goleiro paraguaio, em uma falta na ponta-direita, Ronaldinho cobra e a bola sobra para Michel que faz bom cruzamento e encontra Tardelli que cabeceia e caprichosamente a bola bate no travessão, com o goleiro adversário já rendido, mas o Galo não tinha intenção alguma de cessar a pressão e continuava atacando, em outro lance de bola parada, Ronaldinho dessa vez cobra da intermediária e encontra numa "jogada ensaiada" Leo Silva, que cabeceia e Martín Silva faz outra importante defesa na partida, evitando o que poderia já ser um placar elástico por parte do Galo, a pressão não cessava, Júnior César de um lado, mostrando que o Galo não tem somente 11 bons jogadores, possui reservas a altura dos titulares que podem alterar o panorama de uma partida, Michel de outro, que novamente fez excelente partida e apesar de os contra-ataques do Olímpia terem sido pela direita, isso se deveu mais a erros de posicionamento da defesa em geral do que erro do lateral, se continuar atuando nesse nível, terá sido uma grande contratação, porém o Galo precisava de gols e Cuca o retira aos 27 para a entrada de Alecsandro, o jogo da uma esfriada nesse momento mas a posse de bola continua sendo quase toda do Galo, o Olímpia se resumia em defender e dar chutões para tentar o contra-ataque, aos 34, Cuca retira Tardelli e coloca Guilherme, na tentativa de diminuir a velocidade e ganhar toque de bola, o Galo com Rosinei, Guilherme e Ronaldinho passa a tocar mais a bola, ela fica mais no chão, e num lance onde Alecsandro entrava pelo centro da área chapelando Manzur, esse faz falta dura e é expulso, Ronaldinho cobra e bate na barreira, a bola volta pra Júnior César que lança novamente à área e ela cai na direita após corte da defesa, Bernard recolhe a bola e aos 41 faz o lançamento derradeiro para que na terceira chance, sem perdão, Leo Silva que já tinha parado nas mãos e na trave do goleiro Martín Silva, guarda de cabeça e amplia para o Galo, o Mineirão vai a loucura, o Galo continua tentando, mas ficava claro que o Olímpia queria a prorrogação, e é isso que acontece, tensão, o árbitro apita.
Nesses 2 tempos de 15 minutos, o Galo não joga tão bem, mesmo estando com 1 a mais, no primeiro tempo pouco cria, pouco
faz, e mesmo assim Réver cabeceia uma bola na trave após cobrança de escanteio, isso aos 8 minutos, depois Josué dispara tiro certeiro que dá um trabalho e tanto para o goleiro paraguaio, que fez outra grande defesa, o Galo muda de lado no campo para jogar os outros 15 minutos, tensão total, o Galo pressiona, vai para cima, cria chances que não levam muito perigo, o tempo vai se esgotando, próximo ao fim Alecsandro tem a posse da bola e Ronaldinho passava sozinho nas costas da defesa para ficar frente a frente com o goleiro, mas Alecsandro chuta e a bola vai para fora, 1 minuto depois Alecsandro sai na cara do goleiro e com ele no chão dá um sutil por cima, mas o zagueiro paraguaio tira a bola que já estava para entrar, o árbitro apita e o jogo vai para cobrança de pênaltis, a começar pelos paraguaios, e Victor, novamente ele, fica para ele a responsabilidade de salvar o Galo, e defende a primeira cobrança com o bendito pé, Alecsandro guarda o seu, Victor quase pega a segunda cobrança com o tal bendito pé, Guilherme guarda para o Galo, o Olímpia marca, Jô que havia perdido sua cobrança com o Newell's faz bonito e cobra com categoria para guardar para o Galo, o artilheiro da Libertadores 2013 não perdeu dessa vez, o Olímpia cobra seu quarto pênalti e marca, Leo Silva, que além de ter feito excelente partida marcou o gol que levou o jogo para a prorrogação também esbanjando categoria, guarda no canto direito de Martín, o Olímpia vem para sua quinta cobrança com Giménez, depois dele seria Ronaldinho Gaúcho, e o momento seria decisivo, Giménez chuta para a direita, Victor pula para a esquerda, mas a bola bate na trave para a alegria da Massa, o Galo, que teve que lutar contra tudo e todos, sagra-se campeão da Copa Libertadores da América, com muito sofrimento, como sempre é quando quem está em campo é o Clube Atlético Mineiro.
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