Uma imagem da semana

Os últimos dias não andam sendo bons para o Galo, mas eu não queria usar esse espaço para falar das coisas ruins, o tempo é muito pouco para se gastar com o sofrimento, meu tempo não dá. Então o melhor a se fazer é falar sobre a reverência e a humildade de um gênio da bola, que se curva em plena arena, rodeado pelos olhares de milhares de pessoas in loco, e de outras milhões espalhadas pelo o mundo, falando diversos idiomas, comentando e curiosas pelo mesmo motivo, ao colocar em seu currículo mais uma obra-prima, o que faria Ronaldinho em passos curtos, dar as costas ao gol, cerrar a expressão para se ajoelhar e chorar?, a dúvida rondou o mundo, mais uma imagem dentre as tantas fantásticas que foram produzidas sob o Manto atleticano durante essa longa história que já supera os 100 anos, e os fãs, sejam eles do Galo, do Ronaldinho ou do futebol em si, que puderam assistir a esse momento, tiveram a oportunidade de ver a redenção de uma pessoa aos seus próprios sentimentos, que pisando o gramado do Independência, sente-se tão a vontade e como se fosse o seguro e particular cantinho de sua casa, derruba lágrimas para lavar a alma, descansar a mente das críticas, perseguições, exposições, zombarias, e levantar mesmo que sem querer o estandarte de um rei diante de uma enorme e poderosa nação que o vaiou quando o enfrentou, e o fez por reconhecer seu talento, e hoje o aplaude, por ver seu talento a serviço de seu amado e estimado clube de futebol, prestando homenagem ao alvinegro das alterosas através do talento, como num simples chapéu que ao ser executado por pessoas como Ronaldinho, se tornam algo diferente, uma cena mágica, como se fosse o filme preferido, a gente sorri feito criança o vendo brincar, e por causa do respeito que tem por sua família se curvou e ajoelhou-se em uma noite em Belo Horizonte enquanto a Leal Massa Atleticana reverenciava o gênio, e ele, mesmo acompanhada por tanta gente, chorava, sozinho em seu coração.

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