O Galo entrou em La Paz com a consciência e comum acordo a voz da Massa, não se pode correr na altitude, o jogo é de troca de passes, deixe que eles venham, não se pode cobrir todos os setores, enfim, não se demorou 10 minutos de jogo para perceber algo que duraria o jogo inteiro, o Galo iria usar os 20 primeiros minutos da etapa inicial para massacrar o adversário e fazer o seu resultado, enquanto isso, o Galo manteria literalmente, um buraco na defesa, já que entre o quarteto de ataque e o sexteto defensivo não haveria nada além de grama e jogadores do Strongest. O motivo é simples e óbvio, já foi citado, não se pode cobrir todos os setores, Cuca então optou por encher a defesa com seis zagueiros, todos da intermediária para trás, e isolar o quarteto de ataque do meio-campo para frente, assim, o Galo manteria adversários em seu campo, e teria um bom número para ao menos, atrasar os contra-ataques, a tática deu certo por quase todo o jogo, óbvio que a pressão, mesmo quando exercida por um time mais fraco costuma findar fatal, mas o Galo foi inteligente, e com o ataque que tem, não iria demorar muito abrir o placar contra um time tão limitado, mas o teria que fazer enquanto houvesse fôlego, e o fez, os 4 trabalharam em sintonia para embromar o defesa boliviana, Ronaldinho recolheu, jogou para Bernard na ponta, que estudado, puxou a marcação, Jô se posicionou para receber a bola e finalizar, a bola rebateu e voltando para ele, acha Tardelli na área, tranquilo e calmo para guardar para o Galo, não houve perdão. Aos 30, Bernard já não aguentava mais, pediu oxigênio e parecia que nem voltaria para o segundo tempo, ele já não conseguia fazer muito mais do que ser um número para o Galo, mas o bolivianos não poderiam vacilar, e por isso, mesmo em condições limitadas, Bernard era um diferencial para o Galo, enquanto isso o Strongest ia pouco a pouco aumentando a pressão, e o seu jogo era de tentar jogadas no contra-ataque e chutar da intermediária, a ideia era, vai que uma passa, e foram tentando, até que uma hora acharam o ponto-fraco do Galo, num embate contra Pierre, Marcos Rocha faz sobra, mesmo com a defesa toda posta, enquanto deveria estar também dando o combate, saiu um chute para o gol, Victor rebateu e Reina, mais rápido que Réver e Leo Silva, ganhou e empatou o jogo, aos 44 do primeiro tempo, e o Galo já sentia a altitude.
Durante a volta para a etapa complementar, o Galo bem que tentou descansar, mas vencer a altitude é muito difícil, mesmo com o Galo levando toda uma equipe para melhorar as condições, o Galo ainda volta um pouco atordoado, e confuso, se torna uma presa fácil até mesmo para o fraco Strongest, mas o Galo não desisti, e é nesta hora que paciência, a raça, e a dedicação, nessa ordem, fizeram toda a diferença para esse elenco, eles querem vencer, e mesmo com todas as dificuldades não se entregam, não se deixa abater, e se mantiveram firmes, e o que ficou nítido também no início do jogo é que o Galo voltara para encarar aos bolivianos no jogo da paciência, e o foi, Cuca colocou Bernard para o jogo do sacrifício, já que em locais mais comuns aos brasileiros, ele não teria voltado para o segundo tempo se estivesse na mesma situação, a tática era fazer com que aguentasse até os 20 ou 25 do segundo tempo, ele aguentou. Serginho entrou com a função de fechar o meio-campo e fazer no restante do jogo, uma partida de raça e dedicação, o Galo iria tentar ocupar um pouco mais o meio-campo para frear o Strongest e manter uma linha com três atacantes, o Galo conseguiu, o adversário não conseguiu manter o mesmo domínio na partida, é o jogo de inteligência que o Galo precisa ter até mesmo em situações favoráveis, veja que ao marcar o primeiro gol, o time continuou saindo para o jogo, e quase levou o empate, erro tático. Cuca tiraria então Tardelli, que fez uma excelente partida, para colocar Luan, sangue novo, mas não para correr e marcar gols a revelia, e sim para ajudar na marcação e auxiliar nos contra-ataques, e depois que ele entrou, o Galo teve alguns, e próximo ao fim da partida, Cuca já preparava Richarlyson para entrar na partida no lugar do sagaz Júnior César, que ao contrário de Marcos Rocha, é um muro em seu setor, passar por ele é uma ação complicada de realizar, excelente marcador, os adversários que estudam o Galo nem perdem seu tempo, jogam tudo para a lateral-direita, sabem que ali está o ponto-fraco do time, e explorar com vontade, nesse momento, com jogada de Serginho, que até esse momento vinha sendo o Serginho que voltou para o Galo após lesões, errando tudo, mas nesse lance, na ponta-direita, ele acertou, o Caixa até diria que ele fez um cruzamento à la Sérgio Araújo, um absurdo diga-se, mas dele saiu o gol que daria a vitória ao Galo após Mendez fazer gol contra, mas se não fosse ele, lá estaria Ronaldinho para conferir, o Gênio, que temos que citar, cadenciou o jogo como toda sua genialidade, abriu mão de contra-ataques para balancear o condicionamento físico do time, poupar os jogadores, um jogador diferenciado sem dúvida, e Victor e toda a defesa atleticana, que deram um espetáculo ontem, que defesas, que combates.
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